O MPE disse que a decisão de leite foi baseada em informações de que pessoas com coletes da CUT mantinham alguns servidores do colégio em cárcere privado, além da diretora ter sido ameaçada de morte.

Foto: Reprodução
Dois alunos tiveram de sair algemados de uma escola ocupada em Miracema do Tocantins, nesta quinta-feira. O promotor de Justiça Vilmar Ferreira Leite, da Comarca de Miracema, havia solicitado a desocupação do Centro de Ensino Médio Dona Filomena, invadido na quarta-feira por cerca de 20 estudantes. Os alunos – parte deles da Universidade Federal do Tocantins (UFT) – ocuparam o colégio em protesto contra a PEC 241, que congela gastos públicos na área da Educação, e contra a Medida Provisória que prevê uma reforma no ensino médio em todo o País.

O próprio promotor, da área da Infância e Juventude, acompanhou os policiais e dialogou com os alunos, para que saíssem da escola. Diante da resistência de dois deles, ambos tiveram de ser algemados. Em nota, o Ministério Público Estadual (MPE-TO) informou que a medida foi tomada para garantir a integridade física dos dois.

Ainda por meio de nota, o MPE disse que a decisão de Leite se baseou na informação de que pessoas da UFT e com coletes da Central Única dos Trabalhadores (CUT) comandavam a ocupação e mantinham alguns servidores do colégio “em situação de cárcere privado”, além do fato de a diretora ter informado que havia sofrido ameaças de morte.

Após a desocupação, os estudantes foram levados para a delegacia da cidade e, à tarde, soltos, por ordem da Justiça.

Paraná

Segundo o portal UOL, a Justiça Estadual do Paraná determinou nesta quinta-feira a reintegração de posse de 24 colégios ocupados no estado. O Colégio Estadual do Paraná, maior e mais tradicional colégio público paranaense, está entre as unidades a serem desocupadas pelos estudantes contrários à PEC 241 e à Medida Provisória, que reforma o Ensino Médio no país.

De acordo com o portal, quatro das escolas atingidas pela decisão da juíza da 5ª Vara da Fazenda Pública, Patricia de Almeida Gomes Bergonse, já haviam sido desocupadas. A magistrada atendeu a um pedido da Procuradoria-Geral do Estado, que afirmou no documento que as ocupações são feitas “ilicitamente por parte de alunos de diversas idades”.

Na segunda-feira o estudante Lucas Eduardo Araújo Lopes, de 16 anos, foi morto no Colégio Estadual Santa Felicidade, em Curitiba, que estava ocupado. As polícias Civil e Militar prenderam um adolescente de 17 anos que confessou ter matado o jovem durante uma briga. Os dois eram amigos e teriam usado uma droga sintética conhecida como “balinha”.

Com informações da Veja
Axact

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