Ilustração: SpaceX |
A empresa planeja usar uma versão agigantada de seu atual sistema de foguetes, o Falcon 9, e dependerá de sua capacidade de decolar e pousar verticalmente, tecnologia que tem sido aprimorada nos últimos anos, com seis aterrissagens bem sucedidas, em meio a outras tentativas fracassadas.
O chamado “Sistema de Transporte Interplanetário” funcionará como uma ponte-aérea entre a Terra e Marte. Uma grande nave, acoplada ao foguete, será lançada para fora da órbita terrestre e desengatada. Em seguida, o foguete volta à superfície, conecta-se a um tanque de combustível e decola novamente. O reabastecimento da nave ocorre no espaço, para garantir que ela tenha combustível suficiente para toda a jornada. Em pontos de aproximação, Marte fica a cerca de 75,3 milhões de quilômetros da Terra. A nave usará também painéis solares durante a viagem de 80 dias.
Ao chegar a seu destino, o veículo usará jatos de propulsão supersônicos para realizar a descida em segurança. Assim começa a aventura da colonização marciana, na visão da SpaceX. Detalhes dessa etapa do projeto, como habitação e sustentabilidade da vida, não foram incluídos na apresentação. Mas a empresa estima que levaria entre 40 100 anos para estabelecer uma colônia auto-sustentável no planeta com cerca de 1 milhão de pessoas.
O cronograma da SpaceX é ousado e inclui testes de tecnologias que já estão em andamento, como do motor Raptor, realizado há poucos dias. A estimativa é de realizar os primeiros voos para Marte, com equipamentos e o objetivo de localizar potenciais áreas de pouso, a partir de 2023.
Claramente, a SpaceX e o seu CEO, Elon Musk, veem a necessidade de abrir uma ponte de transporte entre a Terra e Marte o mais rápido possível. Durante a apresentação, Musk citou a possibilidade de haver até mil naves de transporte na órbita do planeta, num cenário que se assemelha ao de uma evacuação. Será que a SpaceX aposta num futuro tão sombrio para a espécie humana? O futuro responderá.
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