Foto: Estadão
Se você acha que a PEC 241 irá cortar gastos da educação e saúde, sinto informar mas você caiu no conto do vigário.

Pois é, você provavelmente está baseando sua crença em pessoas ou páginas que não tiveram nem paciência de ler a proposta. Mais do que isto, não possuem o mínimo do mínimo de literatura e dados para avaliar política fiscal, portanto, trabalham na base do achismo.

Trata-se de limitar à inflação o crescimento das despesas como um todo, não de setores específicos. Isso continua dando liberdade de aumentar gastos da saúde e educação, desde que se corte outros supérfluos.

Usando o mesmo argumento raso das famílias, que tem sido ventilado, caso o Brasil fosse uma família, este seria o momento em que, sem dinheiro, a família corta regalias para poder ficar com o que importa: remédios, comida e educação, por exemplo.

Caso não aceitemos a PEC, o Brasil continuará com inflação MUITO alta e com juros MUITO altos, dado que eles são sintomas da bactéria fiscal. Além disto, a geração dos próximos 20 anos correrá o risco de não se aposentar e também de não ter serviços públicos, porque serão comidos pela dívida.

Não há almoço grátis e essa máxima a cada dia mais é convidada a atormentar os brasileiros.

Ou podemos fazer o seguinte, deixemos de pagar os juros aos "rentistas". Depois desse calote dado por brasileiros em brasileiros (a maior parte da dívida é doméstica) o país não conseguiria mais rolar a sua dívida e terá que imprimir dinheiro para pagar suas contas. A consequência disso será a volta da hiperinflação e de juro muito mais elevado. Aliás, a inflação atinge muito mais os pobres, que essas pessoas julgam defender.

A PEC 241 é o trade-off entre assumir a responsabilidade por decisões erradas nossas nos últimos 30 anos ou contratar décadas e décadas perdidas como a atual.

Gosto de pensar que não é má-fé e sim apenas o desconhecimento dos fatos e a reprodução de uma sabedoria convencional. O resto é balela e propaganda.

Com informações: Infomoney
Axact

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