O juiz Glaucenir Silva de Oliveira, do TRE-RJ (Tribunal Regional Eleitoral do Rio de Janeiro), decidiu, nesta quinta-feira (17), que o ex-governador Anthony Garotinho deve deixar o hospital Souza Aguiar, no centro do Rio, onde está internado após ter sido preso na quarta, e seja levado para o Complexo Penitenciário de Bangu, na zona oeste da capital fluminense.
Garotinho na sede da PF no Rio de Janeiro após ser detido na quarta-feira (16)
Ojuiz Glaucenir Silva de Oliveira, do TRE-RJ (Tribunal Regional Eleitoral do Rio de Janeiro), decidiu, nesta quinta-feira (17), que o ex-governador Anthony Garotinho deve deixar o hospital Souza Aguiar, no centro do Rio, onde está internado após ter sido preso na quarta, e seja levado para o Complexo Penitenciário de Bangu, na zona oeste da capital fluminense.

Segundo Oliveira, Garotinho está "recebendo diversas regalias" e internado "sob suspeita de doença ainda não identificada". O juiz questiona também o pedido feito pelo médico Marcial Raul Navarrete Uribe, por meio da defesa do político, para que o ex-governador seja transferido para um hospital particular. Para o magistrado, não cabe ao médico "indicar direitos de pacientes que estejam presos e sob custódia policial", assim como o local de internação.

De acordo com o texto da decisão judicial, Uribe diz que Garotinho precisa passar por um exame de cineangiocoronariografia (cateterismo), que não é oferecido pelo Souza Aguiar, um hospital municipal. O juiz afirma, por sua vez, que o hospital estadual Aloysio de Castro, na zona sul do Rio, oferece o serviço.

Ainda de acordo com Oliveira, as penitenciárias de Bangu contam com uma UPA (Unidade de Pronto Atendimento), o que permitiria a transferência de Garotinho e a realização do "tratamento adequado e prévio" ao exame.

Para o advogado de Garotinho, Fernando Augusto Fernandes, "é lastimável um juiz ultrapassar protocolos médicos e usar a força para retirar um paciente de um hospital." Fernandes afirmou também que "jamais se viu decisão tão prepotente, arbitrária e desumana". Segundo o advogado, "os médicos não autorizaram a liberação de Anthony Garotinho e a Polícia Federal também os ameaçou de prisão". A Polícia Federal do Rio não atendeu aos telefonemas do UOL até o fechamento desta matéria.

Entenda a prisão
O mesmo juiz Oliveira foi o responsável por determinar a prisão de Garotinho após pedido do Ministério Público Eleitoral. O ex-governador é acusado de envolvimento em um esquema de compra de votos por meio do programa Cheque Cidadão, da prefeitura de Campos dos Goytacazes (RJ). Segundo Oliveira, comandava com "mão de ferro" um "verdadeiro esquema de corrupção eleitoral" na cidade.

Campos, no Norte Fluminense, é reduto eleitoral da família Garotinho. A prefeita da cidade é Rosinha Matheus, mulher do ex-governador, que por sua vez é secretário municipal.

Em nota, a defesa de Garotinho classificou a prisão de "arbitrária e ilegal".

Também nesta quinta (17), a defesa de Garotinho afirmou que entrou com um novo pedido de habeas corpus no TSE (Tribunal Superior Eleitoral) depois que o TRE-RJ negou liminar pela soltura do ex-governador. A ministra Luciana Lóssio, do TSE, havia extinguido outra liminar pedida na quarta pela defesa, justamente porque ainda havia uma liminar ainda não julgada pela corte eleitoral fluminense. Com a negativa do TRE-RJ, o TSE poderá analisar o pedido.

Cabral também foi enviado para Bangu
Caso a ordem seja cumprida, Garotinho será levado para o mesmo local onde o também ex-governador Sérgio Cabral está detido. Cabral foi alvo de dois mandados de prisão expedidos no âmbito da Operação Lava Jato. Ele é acusado de ter liderado um grupo de pessoas que recebiam propina de empreiteiras com contratos com o governo estadual. O esquema movimentou R$ 222 milhões, de acordo com o MPF (Ministério Público Federal).

fonte: UOL NOTÍCIAS
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