Foto: Redes Sociais |
Ademon foi alvejado porque ao passar pelo local, ouviu uma mulher com duas crianças gritar por pedidos de socorro, pois seu marido, que estava dentro do carro com ela e os dois filhos, tinha acabado de sofrer um número desconhecido de disparos de arma de fogo, onde após os ferimentos, acabou colidindo o carro, um veículo FIAT Uno cor prata, com um poste de energia nas imediações da praça Sabino Dourado.
O homem que Ademon tentou socorrer, chama-se Josemar da Silva, que também dirigia um FIAT Uno Prata, onde até então, o motivo do atentado contra ele é desconhecido. Mas e Ademon? No instinto de um Bombeiro, que mesmo de folga apressou-se em atender aos pedidos de socorro de uma mulher que acabara de ver seu marido alvejado, porque precisaria ser assassinado de maneira tão covarde?
Sabemos que a impunidade, a falta de condenação, e a série de direitos cedidas aos criminosos fomentam essa segurança que eles têm em saber que "não vão responder a altura" quando um inocente morre. Algumas testemunhas disseram que antes do acontecido, Ademon tinha acabado de sair do Hospital do Oeste onde havia visitado a esposa, que está grávida. Isso poderia ter acontecido com qualquer um de nós.
Desconsiderando os problemas de impunidade do país inteiro e focando apenas na nossa região, o Oeste da Bahia têm afundado a cada dia mais em um mar de violência. Nos primeiros meses do ano passado Barreiras se tornou a quinta cidade com mais roubos de veículos em todo o estado, e Luis Eduardo Magalhães fechou o ano de 2016 com 66 homicídios. Se LEM possuísse mais de 300 mil habitantes ocuparia oficialmente e proporcionalmente o posto de cidade mais violenta da Bahia.
Falamos do Oeste, mas sabemos que o problema é de nível nacional. Enquanto o poder público não soluciona um problema que é de sua OBRIGAÇÃO (a segurança da sua população e principalmente dos seus profissionais de segurança), definhamos, e seguimos partindo nossos corações com histórias tão destrutivas como essa, que acabou levando a vida do Bombeiro Militar Ademon Gomes de Santana. Mais um homem de bem que vira estatística.
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