Ministro das Relações Exteriores está na comitiva de Temer na Índia.
'Acho que cabe sim reduzir juros nos próximos meses, vai acontecer isso'.
Oministro das Relações Exteriores, José Serra, declarou neste domingo (16), em Goa (Índia), onde acompanha o presidente Michel Temer na reunião dos Brics (Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul), que os juros básicos da economia, atualmente em 14,25% ao ano, o maior patamar em dez anos, serão reduzidos nos próximos meses.
"Eu acho que cabe sim reduzir os juros nos próximos meses. Vai acontecer isso, dadas as condições atuais de retração da inflação e, em alguns casos, como da Petrobras, de redução dos preços", declarou ele, ao ser questionado por jornalistas.
O Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central se reúne nesta semana e a expectativa maciça dos economistas do mercado financeiro é de que, após quatro anos, a taxa Selic voltará a ser reduzida. A decisão será anunciada por volta das 18h da próxima quarta-feira (19).
A única dúvida dos analistas é sobre o tamanho da redução. O mercado está dividido, com parte dos economistas estimando uma queda de 0,25 ponto percentual (para 14% ao ano) e outra parcela apostando que o BC poderá ser mais agressivo e baixar os juros para 13,75% ao ano (redução de 0,5 ponto percentual).
Pesquisa realizada pelo BC na semana passada mostra que esse deve ser apenas o início de um ciclo de corte nos juros. O mercado financeiro aposta em reduções contínuas nos próximos meses, com cortes em dezembro, janeiro, fevereiro, abril, maio, julho e setembro de 2017 – quando os juros deverão ter atingido, segundo as projeções dos bancos, o patamar de 11% ao ano, o menor desde fevereiro de 2014.
Crescimento da economia
O ministro José Serra também declarou, na Índia, que a economia mundial não está em uma "conjuntura muito favorável", pois a retração do nível de atividade nos países ermergentes é "maior do que se pensava" e, por outro lado, há desaceleração também nos países desenvolvidos.
"O Brasil, no ano que vem, já deve ter um crescimento positivo, o que fará diferença na economia mundial dado o tamanho da economia brasileira. E, no âmbito dos Brics, essa é a ideia. Retomar de maneira sustentada um crescimento da economia. E há hoje um certo ceticismo no mundo quanto a eficácia das politicas para acelerar o crescimento. A conjuntura não é das melhores, mas é favorável à virada e às mudanças", afirmou ele.
Teto para gastos públicos
O ministro das Relações Exteriores afirmou que foi "fixada uma rota" para o reequilíbrio fiscal para recuperação da area social "que foi muito estragada com a contração da economia".
Ele avaliou que, para isso, a PEC 241, que fixa um teto para os gastos públicos pelos próximos 20 anos, limitando-os pela inflação até junho do ano anterior, é "positiva do ponto de vista da política fiscal e das expectativas".
"[O teto para gastos] tende a melhorar muito as expectativas, que são condição para o investimento, que por si só não bastam. É preciso ter outras condições, inclusive financiamento, abertura de comércio", acrescentou Serra.
Investimentos
O ministro disse também que é preciso atrair investimentos, que, em sua visão, acabarão por gerar mais empregos, renda e receitas governamentais.
"A prioridade é o crescimento. Não é por menos que insistimos com a Índia para concluir o acordo de cooperação e facilitação de investimentos, e estamos fazendo isso por toda parte. Houve até um investimento indiano anunciado que será provavelmente em Camaçari [Bahia], em agroquímico, de R$ 1 bilhão. Praticamente acertado", declarou.
Ele disse que não haverá crescimento do emprego e da renda se não houver investimento. "Investimento na economia, se é de recurso doméstico ou não, não faz diferença", concluiu.
Com Informações do G1
'Acho que cabe sim reduzir juros nos próximos meses, vai acontecer isso'.
Oministro das Relações Exteriores, José Serra, declarou neste domingo (16), em Goa (Índia), onde acompanha o presidente Michel Temer na reunião dos Brics (Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul), que os juros básicos da economia, atualmente em 14,25% ao ano, o maior patamar em dez anos, serão reduzidos nos próximos meses.
"Eu acho que cabe sim reduzir os juros nos próximos meses. Vai acontecer isso, dadas as condições atuais de retração da inflação e, em alguns casos, como da Petrobras, de redução dos preços", declarou ele, ao ser questionado por jornalistas.
O Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central se reúne nesta semana e a expectativa maciça dos economistas do mercado financeiro é de que, após quatro anos, a taxa Selic voltará a ser reduzida. A decisão será anunciada por volta das 18h da próxima quarta-feira (19).
A única dúvida dos analistas é sobre o tamanho da redução. O mercado está dividido, com parte dos economistas estimando uma queda de 0,25 ponto percentual (para 14% ao ano) e outra parcela apostando que o BC poderá ser mais agressivo e baixar os juros para 13,75% ao ano (redução de 0,5 ponto percentual).
Pesquisa realizada pelo BC na semana passada mostra que esse deve ser apenas o início de um ciclo de corte nos juros. O mercado financeiro aposta em reduções contínuas nos próximos meses, com cortes em dezembro, janeiro, fevereiro, abril, maio, julho e setembro de 2017 – quando os juros deverão ter atingido, segundo as projeções dos bancos, o patamar de 11% ao ano, o menor desde fevereiro de 2014.
Crescimento da economia
O ministro José Serra também declarou, na Índia, que a economia mundial não está em uma "conjuntura muito favorável", pois a retração do nível de atividade nos países ermergentes é "maior do que se pensava" e, por outro lado, há desaceleração também nos países desenvolvidos.
"O Brasil, no ano que vem, já deve ter um crescimento positivo, o que fará diferença na economia mundial dado o tamanho da economia brasileira. E, no âmbito dos Brics, essa é a ideia. Retomar de maneira sustentada um crescimento da economia. E há hoje um certo ceticismo no mundo quanto a eficácia das politicas para acelerar o crescimento. A conjuntura não é das melhores, mas é favorável à virada e às mudanças", afirmou ele.
Teto para gastos públicos
O ministro das Relações Exteriores afirmou que foi "fixada uma rota" para o reequilíbrio fiscal para recuperação da area social "que foi muito estragada com a contração da economia".
Ele avaliou que, para isso, a PEC 241, que fixa um teto para os gastos públicos pelos próximos 20 anos, limitando-os pela inflação até junho do ano anterior, é "positiva do ponto de vista da política fiscal e das expectativas".
"[O teto para gastos] tende a melhorar muito as expectativas, que são condição para o investimento, que por si só não bastam. É preciso ter outras condições, inclusive financiamento, abertura de comércio", acrescentou Serra.
Investimentos
O ministro disse também que é preciso atrair investimentos, que, em sua visão, acabarão por gerar mais empregos, renda e receitas governamentais.
"A prioridade é o crescimento. Não é por menos que insistimos com a Índia para concluir o acordo de cooperação e facilitação de investimentos, e estamos fazendo isso por toda parte. Houve até um investimento indiano anunciado que será provavelmente em Camaçari [Bahia], em agroquímico, de R$ 1 bilhão. Praticamente acertado", declarou.
Ele disse que não haverá crescimento do emprego e da renda se não houver investimento. "Investimento na economia, se é de recurso doméstico ou não, não faz diferença", concluiu.
Com Informações do G1
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