Empresa aprova nova política de preços e fará avaliações mensais. Redução na bomba depende de postos; previsão é que caia a partir de 2ª.
A Petrobras informou nesta sexta-feira (14) que reduzirá o preço da gasolina e do diesel nas suas refinarias, pela primeira vez desde 2009. A diretoria executiva da companhia aprovou na véspera a implantação de uma nova política de preços para esses combustíveis, considerando o mercado internacional.
A companhia decidiu reduzir o preço do diesel em 2,7% e da gasolina em 3,2% na refinaria. Esses preços entrarão em vigor a partir da zero hora de sábado (15).
"Pode-se esperar um maior número de reajustes. A expectativa é que a gente possa fazer uma avaliação mais rápida dos nossos preços", disse o presidente da Petrobras, Pedro Parente.
Segundo a petroleira, se a redução aplicada na refinaria for integralmente repassada ao consumidor final, na bomba dos postos, o diesel pode cair 1,8%, ou R$ 0,05 por litro. Já a gasolina pode cair 1,4%, ou R$ 0,05 por litro.
"Commodities são precificadas pelo mercado. Nós vamos nos referenciar pelo preço de mercado", disse o diretor de refino e gás natural, Jorge Celestino, ao explicar a base da nova política de preços.
De acordo com comunicado da Petrobras, enviado à Comissão de Valores Mobiliários (CVM), a decisão considerou "o crescente volume de importações, o que reduz a participação de mercado da Petrobras, e também a sazonalidade do mercado mundial de petróleo e derivados".
Na bomba dos postos
O presidente do sindicato dos donos de postos de São Paulo (Sincopetro), José Alberto Gouveia, calcula que os postos começarão a repassar a redução do preço da gasolina e diesel a partir de segunda-feira (17).
"Nós temos os tanques bem abastecidos para atender o final de semana. E qualquer produto que chegar na segunda-feira já vem com o preço novo”, explica.
Segundo ele, mesmo que algum posto permaneça com os tanques cheios na segunda-feira, ao ver que outros postos estão reduzindo o preço, eles preferirão perder dinheiro a perder o cliente.
“A partir de segunda ou terça alguns postos já começam a ter redução pro consumidor pra competir com o mercado, e o consumidor com certeza vai pagar menos. Assim, os donos de postos também ganham novos clientes”, diz.
Gouveia ressalta que a redução do preço é na gasolina A, e não inclui a carga de impostos nem o etanol anidro, que chega a 27% na mistura. Por isso, ele preferiu não fazer uma previsão de quanto seria a redução em centavos por litro de gasolina e diesel.
Gasolina mais cara no Brasil
O preço da gasolina nas refinarias da Petrobras está atualmente cerca de 15% acima da média dos preços no exterior e já são 13 meses seguidos de gasolina bem mais cara no Brasil, segundo dados do Centro Brasileiro de Infraestrutura (CBIE).
A alta dos preços do petróleo no mercado global nas últimas semanas, com o barril se mantendo acima de US$ 50, reduziu os ganhos da Petrobras com a venda de gasolina e diesel no Brasil. Pelos cálculos do CBIE, com a redução de preços anunciada nesta sexta-feira, a diferença entre o preço da gasolina nas refinarias nacionais e os de referência global se aproxima de 12%.
Fonte: G1
A Petrobras informou nesta sexta-feira (14) que reduzirá o preço da gasolina e do diesel nas suas refinarias, pela primeira vez desde 2009. A diretoria executiva da companhia aprovou na véspera a implantação de uma nova política de preços para esses combustíveis, considerando o mercado internacional.
A companhia decidiu reduzir o preço do diesel em 2,7% e da gasolina em 3,2% na refinaria. Esses preços entrarão em vigor a partir da zero hora de sábado (15).
"Pode-se esperar um maior número de reajustes. A expectativa é que a gente possa fazer uma avaliação mais rápida dos nossos preços", disse o presidente da Petrobras, Pedro Parente.
Segundo a petroleira, se a redução aplicada na refinaria for integralmente repassada ao consumidor final, na bomba dos postos, o diesel pode cair 1,8%, ou R$ 0,05 por litro. Já a gasolina pode cair 1,4%, ou R$ 0,05 por litro.
"Commodities são precificadas pelo mercado. Nós vamos nos referenciar pelo preço de mercado", disse o diretor de refino e gás natural, Jorge Celestino, ao explicar a base da nova política de preços.
De acordo com comunicado da Petrobras, enviado à Comissão de Valores Mobiliários (CVM), a decisão considerou "o crescente volume de importações, o que reduz a participação de mercado da Petrobras, e também a sazonalidade do mercado mundial de petróleo e derivados".
(Foto: Daniel Silveira/G1) |
O presidente do sindicato dos donos de postos de São Paulo (Sincopetro), José Alberto Gouveia, calcula que os postos começarão a repassar a redução do preço da gasolina e diesel a partir de segunda-feira (17).
"Nós temos os tanques bem abastecidos para atender o final de semana. E qualquer produto que chegar na segunda-feira já vem com o preço novo”, explica.
Segundo ele, mesmo que algum posto permaneça com os tanques cheios na segunda-feira, ao ver que outros postos estão reduzindo o preço, eles preferirão perder dinheiro a perder o cliente.
“A partir de segunda ou terça alguns postos já começam a ter redução pro consumidor pra competir com o mercado, e o consumidor com certeza vai pagar menos. Assim, os donos de postos também ganham novos clientes”, diz.
Gouveia ressalta que a redução do preço é na gasolina A, e não inclui a carga de impostos nem o etanol anidro, que chega a 27% na mistura. Por isso, ele preferiu não fazer uma previsão de quanto seria a redução em centavos por litro de gasolina e diesel.
Gasolina mais cara no Brasil
O preço da gasolina nas refinarias da Petrobras está atualmente cerca de 15% acima da média dos preços no exterior e já são 13 meses seguidos de gasolina bem mais cara no Brasil, segundo dados do Centro Brasileiro de Infraestrutura (CBIE).
A alta dos preços do petróleo no mercado global nas últimas semanas, com o barril se mantendo acima de US$ 50, reduziu os ganhos da Petrobras com a venda de gasolina e diesel no Brasil. Pelos cálculos do CBIE, com a redução de preços anunciada nesta sexta-feira, a diferença entre o preço da gasolina nas refinarias nacionais e os de referência global se aproxima de 12%.
Fonte: G1
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